Os efeitos da pandemia no comércio Internacional

A economia global está se recuperando da pandemia do COVID-19, e o transporte marítimo esta trabalhando para atender uma demanda crescente de produtos em diversos países, uma demanda que tende a aumentar com as próximas festas de final de ano. No começo da pandemia, quando a China era o epicentro, o país fechou alguns portos para tentar evitar a disseminação do COVID, mas isso também provocou uma escassez de produtos, muitas viagens foram canceladas, contêineres vazios não foram recolhidos e muitos ficaram retidos por longos períodos quando algum porto era fechado ou quando alguém da tripulação ficava de quarentena, por exemplo. A fabricação de contêineres também freou, e isso exatamente quando a demanda de eletrônicos disparou.

A economia global está se recuperando da pandemia do COVID-19, e o transporte marítimo esta trabalhando para atender uma demanda crescente de produtos em diversos países, uma demanda que tende a aumentar com as próximas festas de final de ano.
No começo da pandemia, quando a China era o epicentro, o país fechou alguns portos para tentar evitar a disseminação do COVID, mas isso também provocou uma escassez de produtos, muitas viagens foram canceladas, contêineres vazios não foram recolhidos e muitos ficaram retidos por longos períodos quando algum porto era fechado ou quando alguém da tripulação ficava de quarentena, por exemplo. A fabricação de contêineres também freou, e isso exatamente quando a demanda de eletrônicos disparou.

Além disso, muitos contêineres que vão da Europa a Asia transportam carga de baixo valor agregado, e como os preços dos fretes aumentaram, não valiam mais a pena transportar, deixando esses contêineres parados. Como resultado, eles ficam mais escassos e caros.
Além da falta de contêineres, temos também o excesso de congestionamento nos portos em todo o mundo, o que tem provocado altas nos preços dos fretes, Alguns navios ficam esperando dias, ou até mesmo semanas para descarregar, devido a demanda de navios da Asia para os EUA que aumentou 25% em relação ao mesmo período em 2019, antes da pandemia.
Houve um recorde de 73 navios congestionando no porto de Los Angeles em um único dia nesse mês de setembro, o que não acontecia antes da COVID. Uma pesquisa realizada pela CNI revela que 76% das empresas notaram aumento no valor do frete de exportação, 70% a falta de containers ou de navios e 65% problemas com cancelamento ou suspensão de contratos.

Apenas no porto de Santos, linhas semanais passaram a esperar 10, 11 ou 12 dias, gerando um volume maior de cargas retidas no porto, então alguns navios que não esperam o carregamento de contêineres vazios, preferem já sair para melhorar a sua produtividade em decorrência desses atrasos.
Antes da pandemia, as empresas podiam alugar facilmente um contêiner de 20 ou 40 pés por um preço razoável, hoje esta mais concorrido, e os valores estão mudam constantemente. No agronegócio, os setores mais afetados foram a carne e o algodão. Ainda assim, a área continua batendo recordes em exportação, e poderia estar ainda mais lucrativa sem esses essa crise logística.
O foco em rotas entre a Ásia, Estados Unidos e a Europa causa uma queda na oferta dos locais, como o Brasil. Os EUA importam da China apesar dos preços elevados para garantir prioridade de tempo e espaço, diferente do Brasil que precisa economizar no frete. Assim, o exportador paga mais caro pelos concorridos contêineres e navios.

Ou seja, primeiro tivemos uma grande falta de contêineres vazios na China, e depois a falta de espaços nos navios por conta da explosão de consumo pós-pandemia, não somente no Brasil como no mundo todo. Especialistas em transporte marítimo dizem que a pandemia gerou uma das maiores crises da história desde que os contêineres começaram a ser usados na Segunda Guerra Mundial. É uma mistura de custo de matéria-prima, aumento do custo de mão de obra e um forte equilíbrio entre oferta e demanda
Felizmente, é uma situação se estabiliza aos poucos, e são esperadas melhorias a partir do segundo semestre de 2022, pois diminuir esse gargalo vai levar algum tempo, mas algumas medidas já estão sendo tomadas em diversos países. O governo Biden, por exemplo, esta se esforçando para tentar diminuir os gargalos, ampliando o horário de funcionamento dos portos, que agora estão operando 24h durante todos os dias da semana.

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